Oi, oi gente.
Eu não poderia deixar de vir aqui falar sobre esse assunto. Na verdade, acho que a gente ainda tá meio processando o que aconteceu. Eu costumava dizer que tinha medo de ouvir a vinheta do plantão da Globo, pois tinha medo de ouvir sobre o falecimento dele. E eu não ouvi, não estava com nada ligado quando anunciaram.
O Brasil se despediu no último final de semana de um ícone de várias gerações. Sim, pois eu tenho certeza que ele influenciou avós, mães, filhas e netas. Não tem como uma pessoa não saber quem ele era, quem ele foi e o que ele representou na nossa história.
O Silvio sempre teve sinônimo de domingo, e vai ter por muito tempo. Lembro quando criança de ficar horas conectada ao SBT vendo toda a programação dominical. Ele sabia o que estava fazendo.
Amava as curiosidades absurdas do Tentação, e escolhia alguém aleatório para ir pra final. Ganhava o dia quando não tinha aula na segunda e eu poderia ver o Topa tudo por dinheiro inteiro.
O Show do Milhão era a competição em família. Todo mundo via junto e tentava acertar. Ficavámos felizes quando alguém ganhava o mínimo que almejava. E sem falar do Roda a Roda que até meses atrás sempre via com meus pais todos os domingos.
Ele marcou o país. Com sua risada, sua voz forte, seu bom humor. Marcou uma nação mostrando que dá pra vencer na vida sim, não importando de onde você vem.
Trouxe alegria a nossos momentos em família. Nos apresentou artistas incríveis, descobriu tantos outros que estão aí até hoje.
Sem contar que fez a infância da galera dos anos 80 e 90. Afinal, não tinha outro programa depois de chegar da escola a não ser ver toda a programação da tarde começando com Chaves e terminando com Eu, a Patroa e as Crianças.
Graças a ele começamos a adolescência assistindo The O.C., Smallville, One Tree Hill e afins. Ele sabia que essas coisas eram importantes ao público, e mesmo que não trouxesse muito lucro, ele transmitiria. E foi o que aconteceu quando grandes canais já haviam noticiado sua partida, mas no seu canal, o desenho do Sábado Animado continuou passando, até onde deu.
E foi assim, que o homem do Baú, o menino que foi camelô, que marcou a minha vida e de tantas pessoas se despediu desse plano...
Que a passagem tenha sido leve, tranquila... como ele era!
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