quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Saia da Net e vá ler um livro: Anarquistas, Graças a Deus, Zelia Gattai



Boa noite gente!!

E em tão pouco tempo mais uma resenha de livro: sim! Porque antes que eu comece outro e embanane as histórias vou postar aqui senão a cabecinha não aguenta.

Bem como sempre gosto de contar uma breve historiazinha do porque do livro: Esse não teve um porque! Chegou até minhas mãos de graça assim. Há um tempo atras pedi emprestado pra Tia Tata (tia do Fê), O Pequeno Principe, e umas duas semanas depois o Fe me trouxe, ele e esse ai, da capinha azul, com o titulo apagadinho, e que eu NUNCA tinha ouvido falar.



Só que como estava lendo a saga Divergente, ele esperou um pouco. E sabia que começaria por ele. E foi que foi.

Logo de cara me encantei por ele ser digamos 'usado'.. Tem as paginas bem amareladinhas, e tem aquela cara de livro que já passou por muitas mãos e muitos olhos. Ou seja é um livro de historia que deve ter muita historia por quem já leu.



Enfim, o livro conta a história da escritora Zelia Gattai, esposa de Jorge Amado. São lembranças escritas por ela mesma, da sua infância e pré adolescencia (se é que esse termo existia na época), vivida em São Paulo, só que em uma São Paulo, bem diferente da que vimos hoje.

Zelia é filha de italianos, que vieram com os pais deles (Os Nonos e Nonas), nos Navios de antigamente, dentro de porões, passando a pior fase da vida. Mas vindo com o coração cheio de esperança e de que a vida seria melhor.



Mostra a época dos primeiros cinemas, das primeiras escolas, primeiras amizades, e até primeiros namoricos. Época em que meninas eram criadas para saberem levar uma casa nas costas e que o estudo não importava. Que os vizinhos se conversavam, ajudavam e participavam um da vida dos outros.

O que me encantou é que é uma leitura tão leve que você nem percebe. Zelia foi uma criança tão peraltinha quanto eu fui (logico que com traquinagens diferentes), que achava graça e fazia graça, que amava sua familia, seus bichos, e que tinha a visão de um mundo diferente. 

Mas conforme foi amadurecendo as coisas foram mudando. Mas mesmo assim, é muito gostosa de ler. E mesmo quando tivemos a Revolução de 1924, e alguns tantos outros marcos, Zelia não deixava de mostrar que a vida ainda poderia ser boa.

Frases que me marcaram:

'Havia tempo para tudo. Ninguém se afobava, ninguém andava depressa.'

'A imaginação voando solta, transformando tudo em festa, nenhuma barreira a impedir meus sonhos, o riso aberto e franco!'

'Eu lá embaixo, ele um gigante quase alcançando o céu, me protegendo. Sempre me protegia - disso estava certa - com sua força e sua bondade, contra todas as injustiças, contra qualquer diabo que quisesse se apoderar de minha sombra.!'

'Um mundo sem armas e sem guerras. Em que existisse apenas amor!'

'O homem - dizia - comanda seu destino!'

(e essa frase, é um misterio... nem a Tia sabe o que é!)

Adorei o livro, mesmo!! (Obrigada Tia Tata). Acho que nunca li nada de um escritor brasileiro e me encantou demais demais demais!! E pesquisando na net da vida, descobri que teve uma adaptação para TV em forma de minissérie. Porém, ninguém aqui de casa assistiu ''/



Fica a minha dica: na verdade duas! Leia esse livro, se você quer uma leitura leve e que seja mais real do que todas as ficções de hoje e segundo: Já pensou ao invés de comprar um livro, perguntar a um amigo se ele tem algum para emprestar? Sei que nem todos gostam e tem um apego grande, mas fazer livros rodarem, é até que uma idéia sustentável concordam?


4 comentários:

  1. Não conhecia, mas fiquei com curiosidade de ler.
    Beijos

    http://vacasmagras.com/

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  2. Bom, sou bem suspeita para falar sobre esse livro né?
    Eu me lembro que teve uma minissérie na Globo, eu não sei por qual motivo me interessei (acho que pelas cenas que passaram na divulgação) mas naquela época não podíamos ficar assistindo tv até tarde então não rolou. Mas deve ter sido muito bonita.
    Depois já adulta encontrei esse livro em uma bancada de promoções lembro que pensei: ah! o livro daquela minissérie...a escritora é esposa do Jorge Amado...hum...anarquistas...deve ser bom, vou levar, tá barato mesmo.
    Acabou sendo uma das melhores coisas que comprei!

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    1. Nossa Tia Tata que bacana, viu só, quando a gente menos espera se apaixona pelas coisas assim, que aparecem por acaso... Um dos melhores livros que li, com toda a certeza ;)

      Beijao

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